segunda-feira, 21 de julho de 2014

Amar sem julgar


Não precisa chorar por isso”. Quem define se algo é ou não motivo para chorar senão a pessoa que o vivencia?

Mas quantas vezes julgamos as reações de nossos filhos e decidimos que algo não é motivo suficiente para a reação que presenciamos.

Julgar. Julgamos o tempo todo. E nomeamos o nosso veredito sem dó, piedade ou censura.

Lembro-me de ser sempre chamada de resmungona. Me sentia tão agredida! E incompreendida. Tudo o que eu queria era amor e atenção. Mas recebia mais rejeição. Resultado: mais comportamento indesejado, num ciclo vicioso que me fez muito mal, arruinou relações e marcou negativamente minha vida por muito tempo.

Ainda não consegui colocar o limite em familiares que exclamam para o Miguel: “Por que você está resmungando?” Resmungando!? Ele está apenas expressando sua insatisfação. Como é difícil lidar com a dor do outro.

Certa vez, depois de passar alguns dias com familiares, uma pessoa observou sobre o Miguel: “Como ele é mal humorado. Como muda de humor.”, ao que eu respondia: “Como todo mundo!”

Como todo mundo, poxa! Todo mundo tem oscilações de humor. Aprendemos a controlar, a disfarçar, mas não somos seres de bem com a vida cem por cento do tempo.

As crianças expressam isso claramente, são transparentes, não aprenderam a usar filtros sociais. Que bom!


Amar e aceitar as crianças por inteiro, nos momentos bons e nos ruins. Isso é amor incondicional.

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